A Perturbação do Espectro do Autismo (PEA) manifesta-se por défices persistentes na comunicação e interação social transversais a múltiplos contextos, manifestados por défices na reciprocidade social-emocional, nos comportamentos comunicativos não verbais usados para a interação social e défices em desenvolver, manter e compreender relacionamentos; e, nos padrões restritos e repetitivos do comportamento, interesses ou atividades, manifestados por, pelo menos dois, dos seguintes: movimentos motores, uso de objetos ou fala estereotipados ou repetitivos, insistência na monotonia, aderência inflexível a rotinas ou padrões ritualizados de comportamento verbal ou não verbal, interesses altamente restritos e fixos, que são anormais na intensidade ou foco, híper ou hiporeactividade a estímulos sensoriais ou interesse incomum por aspetos sensórias do ambiente (dor/ temperatura).
Os níveis de gravidade são baseados nos défices da comunicação social e nos padrões de comportamento restritos e repetitivos, Nível 1 (requerendo suporte), Nível 2 (requerendo suporte substancial) e Nível 3 (requerendo suporte muito substancial).
Os sintomas têm de estar presentes no início do período do desenvolvimento, mas podem não se tornar totalmente manifestos até as exigências socias não excederem as capacidades limitadas. Causam prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, ocupacional ou noutras áreas importantes do funcionamento atual.
A prevalência reportada em anos recentes, aproximam-se de 1% da população, sendo diagnosticada 4 vezes mais no sexo masculino do que no feminino. A idade e padrão de início devem ser anotados, os sintomas são tipicamente reconhecidos durante os 12-24 meses, mas podem ser observados antes se os atrasos de desenvolvimento forem graves.
A Perturbação do Espectro do Autismo não é uma perturbação degenerativa e é típico que a aprendizagem e a compensação continuem ao longo da vida. Os sintomas são muitas vezes mais marcados na primeira infância ou nos primeiros anos de escola, com ganhos no desenvolvimento tipicamente mais tarde na infância. Uma pequena proporção de indivíduos deteriora-se comportamentalmente durante a adolescência, enquanto a maioria melhora. Os fatores de prognóstico mais bem estabelecidos são a presença ou ausência de incapacidade intelectual e comprometimento da linguagem associados (APA/DSM-V).
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